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2° TURNO: O QUE VEM PELA FRENTE NA DISPUTA ENTRE ROBERTO CLÁUDIO E CAPITÃO WAGNER

A partir desta segunda-feira (3), Roberto Cláudio (PDT) e Capitão Wagner (PR) começam a reorganizar as estratégias políticas para a disputa em segundo turno pela Prefeitura de Fortaleza.

O atual prefeito e Wagner terão de lutar por um eleitorado de cerca de 649 mil pessoas que apoiaram outras candidaturas ou se abstiveram da votação. Nas próximas quatro semanas, Fortaleza deve respirar um formato de campanha diferente do primeiro turno, com a presença mais engajada de padrinhos políticos, mudanças de estratégias e de abordagens temáticas, maior tempo de propaganda e ataques mais acirrados entre os candidatos.

Diferentemente do segundo turno em 2012, entre o atual prefeito e Elmano de Freitas (PT), cuja porcentagem de votos de cada um foi menor e a diferença do desempenho de ambos também; no pleito atual, Roberto Cláudio larga com 9% de vantagem, com 524.973 votos (40,81%), contra 400.802 votos de Capitão Wagner (31,15%).

O cientista político e professor da Unifor Clésio Arruda aponta que, na estratégia dos candidatos, Roberto Cláudio deve fazer poucos ajustes, já que tem vantagem na disputa. Já Capitão Wagner, que representa uma “novidade”, terá de mostra alternativas com base nas críticas contra RC.

“Acredito que o prefeito atual vai manter a estratégia – em time que se está ganhando não se mexe, a não ser que sejam alguns acertos. Como ele chega na frente, provavelmente vai fazer pequenos ajustes, vai tentar melhorar um pouco os esclarecimentos que fez, se tiver alguma coisa guardada de novidade ele apresenta agora, mas não podemos esperar uma mudança muito grande. Essa missão está de fato com o Capitão Wagner, que é a novidade, não tem vidraça, não é alguém que vem de uma gestão, então ele tem que apresentar uma alternativa, em cima daquilo que é criticado na gestão do Roberto Cláudio, o que ele tem para apresentar de novo”, ressalta Arruda.


O primeiro passo deve ser costurar os novos acordos políticos. Roberto Cláudio, que disputou o primeiro turno coligado a dezoito partidos, terá de manter a base ao mesmo tempo em que tentará atrair ex-adversários.

Ambos os concorrentes já ensaiaram aproximação nos discursos de comemoração em seus respectivos comitês políticos. Para um segundo turno, “todos os apoios são bem-vindos”, dizem.

O pedetista acenou, até mesmo, com elogios velados à ex-prefeita Luizianne Lins (PT), seu desafeto político após as eleições de 2012. Em seu discurso, ele fez referência a procurar apoio dos candidatos derrotados, inclusive Luizianne, ressaltando que ela tem experiência com reeleição.

“Essa foi uma campanha em que a cidade teve uma maior diversidade de candidatos, gente com muito preparo, gente com valor eleitoral, gente com valor ideológico. Vamos estabelecer esses contatos a partir de terça-feira. Não sabemos qual vai ser a estratégia, quem iremos procurar. Sabemos que no segundo turno a tarefa nossa é unir ainda mais a cidade. Ninguém governa uma cidade como Fortaleza com sectarismo ou divisão”, disse Roberto Cláudio.

Já Capitão Wagner deve ganhar reforço dos senadores Eunício Oliveira (PMDB) e Tasso Jereissati que, em 2014, durante as campanhas estaduais, tiveram melhor desempenho em Fortaleza do que o grupo dos Ferreira Gomes.

Wagner também terá a seu favor o vereador mais votado da capital: Célio Studart, do SD, partido aliado do PR. O jovem político atingiu a marca de 38.278 votos. Ainda assim, Roberto Cláudio garantiu grande bancada de parlamentares na Câmara que devem ajudar a disseminar as propostas de campanha em segundo turno.

Sobre os apoios, Capitão Wagner ressaltou que deve iniciar ainda nesta segunda-feira (3) as articulações, mas rebateu o fato de ser apadrinhado político. “Não tenho padrinhos políticos, meus padrinhos são esses aqui, os meus pais. Nós vamos quebrar o muro da Fortaleza rica e da Fortaleza pobre”, afirmou.

Roberto Cláudio também não perdeu a oportunidade de fazer ataques ao adversário na noite de domingo: “Enquanto alguns prometem independência, eu tenho, em minha defesa, a minha gestão. São quatro anos de mandato sem que uma crise, um escândalo tenha acontecido em Fortaleza”, disse o atual prefeito.


Alvos dos candidatos

Luizianne, com seus 193.687 votos; Heitor Férrer (PSB), com 90.510 votos; e Ronaldo Martins (PRB), com 51.687 votos devem ser os principais alvos dos eleitos para o segundo turno. Os anúncios de apoio devem ser feitos ao longo da semana.

Terceira colocada na disputa e ex-prefeita por duas gestões, Luizianne deve ser um dos focos de disputa de RC e Wagner. Para Clésio Arruda, Luizianne não terá controle sobre o direcionamento dos seus votos. Ele divide o eleitorado da petista em dois grupos principais: o de pessoas beneficiadas por políticas públicas e dos eleitores ideológicos. “Tirando os votos resultados de políticas públicas, os outros são votos ideologizados. Esses votos, de forma algum, vão para o Capitão Wagner porque você tem um apoio do PSDB muito claro”, destaca.

Primeiro turno

Com as campanhas eleitorais decididas em primeiro turno em 182 das 184 cidades do Estado, lideranças estaduais poderão reverter esforços para a campanha na capital. Esse deve ser o caso dos irmãos Cid e Ciro Gomes (PDT), padrinhos políticos de RC, que elegeram o irmão mais novo, Ivo Gomes, à Prefeitura de Sobral. Sem a candidatura do PT em Fortaleza, há mais abertura também para o apoio do governador Camilo Santana (PT) nas próximas semanas.

Tempo de propaganda

Outro fator importante para a nova etapa é o tempo de propaganda eleitoral igual para os candidatos. Wagner comemorou a mudança e disse que abordará mais temas, para além da segurança pública. “Vamos falar das nossas propostas para geração de emprego, esporte, lazer, turismo e empreendedorismo, assim ampliando ainda mais nossa campanha”, explicou.

Atacado durante os últimos debates por suas propostas, como as de armar a Guarda Municipal e de doar terrenos para associações de policiais militares, e por ter liderado a greve da Polícia Militar em 2012, o candidato do PR tentará se desvencilhar do debate sobre a segurança pública. A estratégia também deve servir para reduzir as possibilidades de confronto direto com Roberto Cláudio, como foi visto nos últimos debates na TV.

“A gente não pode ir para o embate pessoal, para agressão, a população está cansada desse tipo de política. Faremos uma política limpa, de apresentar as falhas e mostrar os resultados”, destacou o candidato do PR.

Por seus discursos ao longo do primeiro turno e após o resultado das eleição, Wagner mostra que reforçará o papel de “candidato popular”, ligado à periferia da cidade. Ele sabe que esse discurso atinge seu opositor que, em pesquisa O POVO/Datafolha, foi apontado como um candidato que representa “ricos”. RC também é alvo de críticas por ter uma das campanhas mais caras do país.

“Disseram que o ‘candidato dindim’ ia perder. Pois só quero dizer que o candidato dindin está no segundo turno. Aqui o candidato é popular. O candidato é do povo”, exaltou Wagner na noite do domingo.

Números

Eleitorado: 1.692.657
Abstenção: 288.362 (17,04%)
Comparecimento: 1.404.295 (82,96%)
Votos brancos: 35.443 (2,52%)
Votos nulos: 82.342 (5,86%)

Roberto Cláudio (PDT): 524.973 (40,8%)
Capitão Wagner (PR): 400.802 (31,15%)
Luizianne Lins (PT): 193.687 (15,06%)
Heitor Férrer (PSB): 90.510 (7.04%)
Ronaldo Martins (PRB): 51.687 (4,02%)
João Alfredo (Psol): 18.048 (1,40%)
Tin Gomes (PHS): 4.616 (0,36%)
Gonzaga (PSTU): 2.187 (0,17%)


fonte: http://tribunadoceara.uol.com.br/
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Sobre Unknown

A união de Todas as Igreja!! A sitonia do povo de Deus...
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