Na última segunda-feira, o SITE Intel Group – grupo que tem monitorado ações de jihadistas na internet – informou que um grupo brasileiro declarou apoio ao líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi. A mensagem de lealdade foi passada por meio do Telegram, em um canal ‘aberto’ do aplicativo, chamado “Ansar al-Khilafah Brazil”.
Segundo o grupo SITE, uma das mensagens fez menção aos ataques terroristas recentes na França e insinuou possíveis ataques no Brasil, considerando que o Rio de Janeiro está prestes a sediar os jogos olímpicos.
“Se a polícia francesa não pode impedir os ataques na França, então seu treinamento para a polícia brasileira não servirá”, dizia parte das mensagens.
O comentário teria sido feito em razão dos treinamentos para os quais a unidade da polícia francesa responsável pelas ações antiterrorismo na França (RAID) tem contribuído em razão da segurança das Olimpíadas deste ano (2016).
A diretora do SITE, Rita Katz comentou que esta foi a primeira vez que um grupo da América do Sul declarou apoio ao Estado Islâmico.
Katz também reconheceu a gravidade da informação, considerando que a declaração foi dada pouco tempo antes dos jogos Olimpícos do Rio e pouco depois do início da versão em português do grupo “Nashir”, que tem como objetivo a troca de informações sobre o grupo extremista, também no Telegram.
Segurança nos jogos olímpicos
No último sábado (17), as forças de segurança do Brasil participaram de um exercício de enfrentamento a ameaças externas, na estação de Deodoro, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A região receberá cerca de 11 modalidades olímpicas durante os Jogos. A ação simulou um possível ataque terrorista com bombas e envolveu 500 pessoas.
O Centro Integrado Antiterrorismo (Ciant) – com sede em Brasília – tem monitorado os pedidos de credenciamento para os jogos olímpicos do RJ e descobriu que 40 pessoas têm seus nomes relacionados a alertas sobre ‘cooperação internacional’ e quatro delas tiveram suas ligações com o terrorismo comprovadas.
Genocídio
Além dos ataques chocantes em países da Europa (França, Bélgica e Turquia) e nos Estados Unidos, o grupo terrorista Estado Islâmico tem sido o responsável pelo genocídio de cristãos e outras minorias religiosas no Oriente Médio.
O grupo terrorista tem feito uso do comércio de escravas sexuais – muitas delas, ainda meninas, a partir de 7 anos de idade – e também registra as execuções daqueles que considera infiéis, com vídeos e fotos que são posteriormente publicadas na internet.
(Guiame)
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