Na 24ª fase da Operação Lava Jato, a Polícia Federal e a Receita Federal cumprem mandados em endereços do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silvae do seu filho, Fabio Luiz Lula da Silva, oLulinha. A Procuradoria afirma que há indício de que Lula recebeu verba do esquema da Petrobras. A PF está na casa do petista, no Instituto Lula e na casa do filho mais velho dele. A reportagem apurou que há mandado de condução coercitiva contra Lula e contra o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto. O Instituto já confirmou cumprimento de mandado na casa de diretora.
As informações sobre o paradeiro do ex-presidente neste exato momento são desencontradas. A Polícia Federal ainda está no apartamento dele em São Bernardo do Campo, mas testemunhas, no local, afirmam que ele teria saído do endereço logo cedo, por volta de 6 horas, e se dirigido ao Aeroporto de Congonhas.
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A operação foi deflagrada na manhã desta sexta-feira, 4, com base em investigações sobre a compra e reforma de um sítio em Atibaiafrequentado pelo petista, o fato de sua mudança ter sido transportada para o local e a relação desses episódios com empreiteiras investigadas na Lava Jato, além da relação dele com um tríplex no Guarujá reformado pela OAS.
"Há evidências de que o ex-presidente Lula recebeu valores oriundos do esquema Petrobras por meio da destinação e reforma de um apartamento tríplex e de um sítio em Atibaia, da entrega de móveis de luxo nos dois imóveis e da armazenagem de bens por transportadora. Também são apurados pagamentos ao ex-presidente, feitos por empresas investigadas na Lava Jato, a título de supostas doações e palestras", informa a força-tarefa da Lava Jato.
Guarda-móveis
Outro motivo apontado pela Polícia Federal para a deflagração da nova fase da Lava Jato foi supostopagamento da OAS, durante cinco anos, pelo aluguel de oito guarda-móveis usados para armazenar parte da mudança do ex-presidente Lula quando ele deixou o Palácio do Planalto no segundo mandato. No período, a empreiteira teria desembolsado cerca de R$ 1,2 milhão pelos contêineres, ao custo mensal de R$ 20 mil.
A Operação foi batizada de Aletheia em referência a expressão grega que significa busca da verdade. Cerca de 200 policiais estão nas ruas e 30 auditores da Receita para cumprir 44 ordens judiciais, entre elas 33 mandados de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva em São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.
São investigados crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, entre outros praticados por diversas pessoas no contexto do esquema criminoso revelado pela Lava Jato que envolve pagamento de propina por grandes empreiteiras em troca de obras na Petrobrás a partidos políticos.
Câmara dos Deputados
A oposição ao governo na Câmara dos Deputados quer convocar o ex-presidente Lula para prestar esclarecimentos na Casa. Líderes tucanos voltaram a pressionar a presidente Dilma Rousseff para que ela renuncie.
A investigação atinge em cheio o principal nome do PT, um dia após vir a tona a delação do ex-líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral. Na quinta-feira, 12, após vazamento do suposto documento de delação do senador Delcídio do Amaral, que acusava Lula e a presidente Dilma Rousseff (PT) de envolvimento direto em esquemas da Lava Jato, o Instituto Lula divulgou nota em defesa do ex-presidente.
"O ex-presidente Lula jamais participou, direta ou indiretamente, de qualquer ilegalidade, antes, durante ou depois de seu governo, seja em relação aos fatos investigados pela Operação Lava Jato ou quaisquer outros citados pela revista", afirma o texto. O Instituto diz serem "completamente falsas" as acusaçõs contra o presidente.
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